A Copa do Mundo pode não ter começado, mas o campeonato de videogame entre os jogadores da seleção já começou a esquentar.

Logo na primeira rodada, o arrogante Robinho, que se auto-intitula um craque no assunto, foi derrotado por Emerson, por 1x0. Pior: graças a sua arrogância de se achar o bonzão do videogame, Robinho já conseguiu também que TODOS os outros estejam torcendo CONTRA ele.

De volta ao mundo real, nos treinos a seleção tem ido muito bem. No primeiro coletivo, os titulares venceram os reservas por 4x1, em apenas 70 minutos de jogo. Isso sem falar que no primeiro tempo Parreira diminuiu o campo (a linha de fundo era uma extensão da linha da grande área) para forçar os jogadores a sair de uma marcação forte, que obviamente será a arma utilizada pelos adversários para tentar parar o tão falado "quadrado mágico" formado por Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano.

Já ontem, a seleção enfrentou o time sub-20 do Fluminense, que está excursionando pela Europa. No primeiro tempo, os titulares venceram por 5x1. No segundo foi a vez dos reservas sapecarem um 8x0, totalizando 13x1 para a seleção. Parece que o ataque da seleção realmente não deverá ser nosso problema...

Aliás, foi exatamente isso que Carlos Alberto Parreira disse. Em entrevista, o Pé-de-uva afirmou que não há mais nada que se possa ensinar aos tão experientes jogadores da seleção quando estão com a posse da bola. O problema é, como sempre, jogar sem ela. Marcar, ocupar os espaços, não deixar o adversário jogar. E principalmente se defender nas jogadas de bola parada, que são as mais perigosas no futebol atual e também o pior defeito da seleção e dos jogadores brasileiros em si.

O Pé-de-uva está certo. Aliás, foi exatamente isso que o Felipão disse antes da Copa de 2002. Com a bola nos pés, o que mais se pode ensinar ao Ronaldinho? Ao Ronaldo? Roberto Carlos e Cafu? Nada. Atacar nunca foi problema pra seleção. Além disso, a seleção deste ano é a mais experiente desde 1962, com idade média de 28,5 anos. Experiência não faltará, com certeza.

Só espero que não falte fôlego...